A partir de novembro, o Aeroporto Internacional de Santarém Maestro Wilson Fonseca estará sob administração de uma empresa espanhola.
Além de Santarém, a Aena assumirá o controle de outros 10 aeroportos arrematados em agosto de 2022 durante a sétima rodada de concessões aeroportuárias feita pela Anac.
No processo, o grupo arrematou o bloco de aeroportos que compreende SP, MS, PA, MG. O bloco sai das mãos da brasileira Infraero para a companhia espanhola que possui 49% do seu capital negociado na bolsa de Madrid e 51% dos seus papéis controlados pela estatal Enaiere, ligada ao Ministério de Transporte, Mobilidade e Agenda Urbana do governo espanhol.
O valor de 2,4 bilhões gerou um lucro de 231% em relação à outorga mínima estabelecida no edital, de R$ 740,1 milhões. A concessão é válida pelo período de 30 anos. Em conjunto, os aeroportos arrematados processam, aproximadamente, 15,8% do total do tráfego de passageiros do país, o que equivale a mais de 30 milhões de pessoas por ano em dados pré-pandemia.
Os investimentos iniciais da empresa foram no valor de R$ 3,3 bilhões, que incluíram pagamentos e indenizações trabalhistas. A primeira fase do processo abrangeu a elaboração e aprovação de planos de transferência operacionais, que incluíram visitas técnicas aos aeroportos em questão, reuniões e treinamento de pessoal.
Até a efetivação da operação, todos os aeroportos funcionarão em sistema de operação assistida, com a contratação de consultorias para desenvolver projetos de expansão e modernização de cada terminal.
O aeroporto de Uberlândia inicia o cronograma, com a Aena assumindo a operação em 10 de outubro. Em seguida, Campo Grande (MS) em 13 de outubro e Congonhas, tido como a joia da coroa do processo de concessão, em 17 de outubro. A partir de novembro, a empresa assumirá o controle dos terminais de Ponta Porã (MS), Corumbá (MS), Uberaba (MG), Montes Claros (MG), Marabá (PA), Carajás (PA), Santarém (PA) e Altamira (PA).
No Brasil, a companhia espanhola já administra os aeroportos de Maceió, Recife, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte e Campina grande, todos arrematados na concessão aeroportuária feita em 2019, o que corresponde a 32% do fluxo total de passageiros nos aeroportos da companhia.
Por Rodrigo Neves
O Impacto
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