PF recupera obra literária avaliada em €$ 20 mil furtada do Museu Emílio Goeldi

Uma obra literária valiosa foi recuperada pela Polícia Federal após ter sido furtada do Museu Emílio Goeldi, em Belém, entre os anos de 2007 e 2008. O livro foi entregue na última sexta-feira (22) à embaixada do Brasil em Buenos Aires, na Argentina.

Segundo a PF, o livro, intitulado “Reise in Chile und auf dem Amazonstrome (Viagem no Chile, Peru e no Rio Amazonas)”, do naturalista suíço Eduard Friedrich Poeppig, foi localizado em 2021. A entrega na embaixada do Brasil em Buenos Aires ocorreu após pedido de cooperação jurídica entre os países.

“A repatriação da obra representa um marco fundamental para o Brasil, demonstrando um compromisso renovado com a preservação do patrimônio cultural e estabelecendo um precedente essencial para a recuperação de elementos históricos”, informou a PF em um comunicado.

O Museu Emílio Goeldi informou que a obra foi furtada em 2008 e que ainda não data para ela chegar na instituição.

Obra valiosa

O livro é o relato de viagem de Eduard Poeppig, publicado em 1836 e detalha suas explorações no Chile, Peru e ao longo do rio Amazonas, fornecendo descrições abrangentes da geografia, flora, fauna e culturas locais.

Eduard Poeppig documenta suas observações sobre a vida selvagem, incluindo aspectos etnográficos das comunidades indígenas, e oferece informações sobre as civilizações antigas, como os incas.
O Museu Goeldi informou que a publicação fazia parte de um conjunto composto por 40 in-fólios e 20 livros roubados em 2008 da “Coleção de Obras Raras da Biblioteca Ferreira Penna”.

De acordo com a Polícia Federal, a obra de Poepping é uma fonte valiosa para entender a história, biodiversidade e culturas da América do Sul no século XIX.

Sala-cofre

Em 2008, a instituição ainda não tinha construído uma sala-cofre, para onde atualmente foi transferida a “Coleção de Obras Raras” do Museu Emílio Goeldi, o que tornou o processo de conservação, guarda e consulta do acervo mais seguro.

O livro “Viagem no Chile, Peru e no Rio Amazonas” passará por avaliação de possíveis danos, que podem ser provocados por manuseio e armazenamento inadequados, informou o museu.

A publicação também deve passar por um processo de higienização e quarentena antes de ser incorporada ao acervo de obras raras e especiais.

Fonte: G1 Pará
Imagem: Reprodução/ PFPA

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