O assassino chegando à delegacia |
Na chegada no porto da balsa, Leandro
sendo escoltado pelos policiais.
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A
equipe de policiais capitaneada pelo delegado Alexandre Napoleão
Sant’Ana, diretor da 19ª Secional Urbana de Polícia Civil, apresentou na
noite desta sexta feira (22), o elemento Leandro Coelho, que na noite
do dia 22 de outubro, exatamente a 30 dias, assassinou de forma fria e
covarde o produtor de mídia e eventos Antonio Rhaydson Feitosa Costa,
popularmente conhecido em Itaituba por Boboya Show. Com a divulgação da
prisão do elemento, desde a tarde de hoje, profissionais de imprensa e
inúmeras pessoas estiveram na frente da seccional aguardando pela
chegada do assassino confesso, o que não aconteceu.
Leandro
foi preso na tarde de ontem, quinta feira (21) em um garimpo localizado
no interior do município de Oriximiná e chegou por volta do meio dia a
Santarém escoltado pela equipe de Napoleão Sant’Ana.
Eram
precisamente 13 horas quando o acusado chegou ao quartel doGTO,
Grupamento Tático de Operações. Onde a imprensa local já estava e
registrou a chegada do foragido da justiça.
Segundo
o diretor da Seccional de Itaituba, depois de mais de 30 dias de
investigações o elemento foi localizado no garimpo denominado de
"Garimpo Pirarara", localizado na região da selva de Oriximiná entre o
Quilombo Cachoeira da Pancada e Aldeia Indígena Zoé.
O povo em vigília na seccional |
Napoleão
Sant’Ana falou que a morte do profissional de imprensa irritou a
sociedade itaitubense e que algumas pessoas começaram até a promover
ataques pessoais contra o delegado pelas redes sociais, rádio e
televisão. "Falavam que eu não estava investigando o caso, mas a
resposta que eu tenho para essas pessoas apressadas e, de certa forma,
irresponsáveis, que falaram de mim através dos meios de comunicação,
está aqui. É o trabalho, é o indivíduo preso e a força do Estado do
Pará, a força da Secretária de Segurança Pública, toda ela colocada para
dar uma resposta não só a categoria dos profissionais de impressa, mas
também a toda sociedade de Itaituba e do Estado do Pará". Disse o
delegado visivelmente irritado.
Chegada à Itaituba –
Eram por volta das 20h30, quando escoltado pelo delegado Alessandro
Napoleão e o escrivão Haroldo, Leandro Coelho desembarcou no porto da
balsa em Itaituba, onde informados pelos pela população, a imprensa já
se encontrava no local e registrou os detalhes da chegada, com o
delegado solicitando a todos para se dirigirem a delegacia para uma
coletiva.
Ao
chegar na delegacia e ver o aglomerado de pessoas, o delegado solicitou
calma a todos para que não viesse acontecer algum problema que
provocasse um desfecho desagradável na chegada do assassino.
Coletiva -
Na sala do delegado, Leandro Coelho falou a imprensa, quando a exemplo
do que já havia feito ao delegado e a imprensa santarena, voltou a
confessar a autoria do assassinato, afirmando ter cometido o crime por
estar sendo ameaçado pela vítima, mas nunca registrou alguma ocorrência
sobre o caso agora argumentado, nem tampouco soube explicar qual tipo de
ameaça era feita pela vítima, se limitando a dizer que não eram ameaças
de morte e preferindo jogar a culpa em sua ex companheira, que segundo
ele, vivia lhe ligando e dizia para Boboya que era Leandro quem ligava.
O assassino e os policiais Após a coletiva |
De
acordo com o assassino, na noite do crime Boboya teria lhe passado uma
mensagem via celular convidando-o para ir à residência de Camarguinho,
mas que não aceitou o convite por já estar zangado com a vítima. “Ele
me mandou uma mensagem e como eu não sabia quem era, eu liguei pra ele.
Ele me falou pra eu ir na casa do Camarguinho 10 horas e eu não fui
não. Já tava zangado com ele faz tempo...”
Perguntado
como foi sua atuação no crime, Leandro respondeu: “Eu fui lá e ele não
conversou não. O menino chamou ele e eu atirei nele.”
Leandro
negou haver postado alguma coisa na rede social, que alguém teria
postado sua foto no caixão após o crime e sobre sua fuga, disse não ter
tido ajuda e que fugiu sozinho no seu carro para uma fazenda próximo a
cidade, mas não quis falar como chegou a Santarém, nem quem fretou o
avião para lhe conduziu até Oriximiná.
Questionado
o porquê de sempre suas pendências com tiros e facadas, o assassino
surpreendeu a todos ao responder friamente que tal reação faz parte de
seu instinto natural, entretanto, apesar de tal afirmação, não se acha
uma pessoa perigosa para a sociedade, mas deixou entender que dependendo
da ameaça pode voltar a tirar a vida de outra pessoa. Leia o trecho de
tal afirmação:
_Porque você sempre resolveu suas situações com tiro, com faca? Questionei. “Porque o meu instinto é esse.” Respondeu o assassino. Surpreso com a resposta, voltei a perguntar: _ O seu instinto é esse? "É esse.” Diante da confirmação, argumentei: _ Então você se considera uma pessoa perigosa para ficar solta na sociedade. “Não, não sou perigoso não, depende da ameaça”.
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