Superintendente do Incra em Santarém, Luiz Bacelar foi preso na manhã de segunda pela PF (Foto: Reprodução/TV Tapajós) |
O advogado Osmando Figueiredo, informou em entrevista ao G1 na manhã desta terça-feira (25), que o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santarém, oeste do Pará, Luiz Bacelar Guerreiro Júnior, preso durante a operação “Madeira Limpa”, vai pedir a exoneração do cargo.
Advogado de defesa, Osmando Figueiredo (Foto: Letícia Vilhena/G1) |
Sobre as acusações, o advogado afirmou que seu cliente é
inocente e que vai provar que as informações são improcedentes. “Muitas vezes o
nome do meu cliente, pode ter sido usado indevidamente por terceiros, mas ele
nunca praticou nenhum tipo de acusação, nunca intermediou nenhum favorecimento
para empresários (...) A acusação de que ele participa de uma organização
criminosa e que recebeu dinheiro ou vantagem, para enquadrá-lo como corrupção
passiva, iremos comprovar que é improcedente. Trata-se de indícios da Polícia
Federal, mas esse indício quando vai para o processo, nós da defesa, entendemos
e iremos demonstrar que não existe nenhum delito por parte do doutor Bacelar”.
Bacelar permanece preso no Centro de Recuperação Silvio Hall
de Moura. De acordo com Figueiredo, o próximo passo é entrar com um pedido de
liberdade na Comarca de Santarém. Caso não obtenha êxito, a defesa disse que
vai recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF).
Servidores públicos municipais, estaduais, federais e
madeireiros são suspeitos de coagirem assentados para retirar madeira ilegal em
terras públicas. Entre eles, está o superintende do Incra em Santarém, preso na
manhã de segunda-feira (24). Segundo o Ministério Público Federal (MPF),
Bacelar permitia que empresários do ramo da madeira explorassem ilegalmente
assentamentos da região.
nvestigações eram realizadas há oito meses (Foto: Andressa Azevedo/G1) |
O Incra disse em nota que apoia o trabalho policial e que já
havia decidido pelo afastamento imediato dos servidores indiciados. O órgão
abriu procedimentos administrativos internos para averiguar a responsabilidade
dos envolvidos. A Prefeitura de Óbidos disse que está prestando todas as
informações à Polícia Federal sobre a gestão do secretário e disse que repudia
qualquer ato ilícito. O Ibama informou que os servidores serão afastados e um
processo investigativo disciplinar será instaurado.
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