Observatório de Saúde e Segurança do Trabalho diz
que o Brasil tem um caso a cada 48 segundos
No Brasil, de 2012 até
2018, quase 4,5 milhões de acidentes de trabalho foram registrados, número que
representa a ocorrência de um acidente a cada 48 segundos. No Estado do Pará, o
ramo da atividade econômica que mais registrou afastamentos previdenciários por
acidente durante o período foi a construção de edifícios, com 1.431
ocorrências. Os dados são do Observatório Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho, produzido a partir da cooperação entre o Ministério Público do
Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Os dados da pesquisa
também mostram que a Previdência Social gastou mais de 26 bilhões de reais com
benefícios acidentários. A maior parte dos acidentes e mortes no trabalho
ocorre com homens que têm de 18 a 24 anos e exercem atividades de baixa
remuneração. Nos últimos cinco anos, no Brasil, o número de acidentes fatais
com máquinas e equipamentos (1.897) foi três vezes maior do que a média das
outras causas (677), enquanto as amputações (22.899) são 15 vezes mais
frequentes do que a média geral (1.471).
No território paraense, os
tipos de lesões mais frequentes são dorsalgia e fratura ao nível de punho e
mão. Cortes, lacerações, feridas contusas e punctura representam 25,51% dos
acidentes, com 13.265 ocorrências no Estado do Pará. O número de fraturas foi
8.604 (16,55%), de contusões e esmagamentos foi de 6.554 (12,6%) e as
amputações tiveram 784 ocorrências, representando apenas 1,51% do total de
acontecimentos.
Nos casos de acidentes no
trabalho a empresa empregadora fica obrigada a cumprir as normas de saúde e
segurança do trabalho, já que é responsável pela integridade física do
empregado e deve promover condições favoráveis ao desenvolvimento da função. É
dever da empresa comunicar à Previdência Social no primeiro dia útil seguinte
ao ocorrido, por meio de um documento chamado Comunicação de Acidente do
Trabalho (CAT).
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